1 de abril de 2012

Música Brasileira celebra os 40 anos do Disco Clube da Esquina


Lançado em 1972 um dos discos mais importantes da música popular brasileira, o antológico "Clube da Esquina" está comemorando 40 anos. Tudo começou quando Lô Borges conheceu Milton Nascimento, eles moravam no mesmo prédio, o edifício Levy e o jovem Lô foi atraído pela voz cativante do Bituca ( Milton Nascimento). Desde então nascia ali uma amizade que renderia um dos discos mais cultuados da MPB. Mas é melhor deixar o próprio Lô Borges contar essa história, vejam o vídeo:


O nome Clube da Esquina se deu de maneira informal e espontânea pra definir as reuniões musicais que aconteciam no cruzamento das ruas Divinópolis com a rua Paraisópolis no tradicional bairro de Santa Teresa na capital mineira, era uma forma do grupo de jovens se encontrarem pra conversar, cantar e tocar violão, já que na época não tinham dinheiro pra frequentarem os bailes e clubes que agitavam a noite mineira.
Vejam o depoimento do jornalista Nelson Motta para o Jornal da Globo, sobre os quarenta anos do disco Clube da Esquina:



Influências do Clube da Esquina:
O som do Clube da Esquina é resultado de uma alquimia musical provocada pela influencia que cada integrante trazia na bagagem, dentro desse universo podemos citar a música erudita, o Jazz e a bossa nova, o rock progressivo, beatles e é claro a música popular brasileira.

"O disco Clube da Esquina representa um marco na música brasileira,  foi um movimento que trouxe uma renovação estética e melódica, uma verdadeira oficina de sons, onde todos criavam e interferiam na música uns dos outros."



Curiosidades do Clube da Esquina

(Crédito-Túlio Santos/EM)

 foram encontrados 40 anos depois, pelo jornal "O Estado de Minas" os dois meninos (Tonho e Cacau) que posaram para a foto do álbum Clube da Esquina, vejam a matéria nesse link: Tonho e Cacau

Vejam o documentário sobre a música "Clube da Esquina N°2" produzido por Isabela Martins para um projeto acadêmico por ocasião dos 40 anos do Clube da Esquina



Em 1972 o Brasil vivia um período de repressão militar, a melhor forma dos jovens se expressarem era através das artes e os integrantes do Clube da Esquina escolheram o caminho da música , hoje 40 anos após o lançamento desse disco clássico, temos a certeza de que "Os Sonhos Não Envelhecem"

Milton Nascimento e Lô Borges em 1972


*Em 1971, Milton já radicado no Rio de Janeiro, e com o sucesso que sua música “Travessia" alcançou num dos “Festivais da Canção”, voltou à capital mineira e convidou Lô Borges, um cara de Belo Horizonte que ninguém conhecia para gravar um disco.


Lô foi para o Rio de Janeiro, encantado pela convite, e levou o amigo Beto Guedes, afinal, quem iria tocar com ele as músicas dos Beatles de que tanto gostava? Milton havia alugado uma casa em Piratininga, Niterói, e, cada um estabelecido em um quarto, foi desenvolvendo melodias, letras e canções. Muitos dos músicos envolvidos no projeto também frequentavam a casa em Niterói.



Veja abaixo dois vídeos que contam um pouco como surgiu o Clube da Esquina:









Em 1978 lançaram outro disco duplo, o Clube da Esquina 2 com destaque para a participação de Elis Regina e Chico Buarque


Para comemorar os 40 anos do disco Clube da Esquina, os músicos vivem a expectativa de realizar alguns shows para lembrar o disco, existe ainda a ideia de criar um museu próximo a praça da Liberdade. 

A dica para os apaixonados pelo Clube é ler alguns livros que revelam um pouco mais da história desse grupo, além das fotos que recheiam as publicações, podemos citar alguns como: 

 Os Sonhos Não Envelhecem, Histórias do Clube da Esquina”, de Márcio Borges.

 “Coração Americano: 35 Anos do Álbum Clube da Esquina” , de Andréa Estanislau, e o Gibi “Histórias do Clube da Esquina”, de Laudo Ferreira e Omar Vinole

 Outra dica bem interessante pra quem gosta de ficar antenado nas histórias do Clube, é o Site Museu Clube da Esquina que conta com um acervo vasto de fotos, vídeos e depoimentos, além de estar sempre atualizado. Além do site, exite também um blog com conteúdo 100% dedicado ao Clube da Esquina, nós recomendamos, vejam nesse link: Blog do Clube da Esquina



"Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem"



"Quisera encontrar aquele verso menino que escrevi há tantos anos atrás, falo assim sem saudade, falo assim por saber se muito vale o já feito, mais vale o que será.

Mais vale o que será e o que foi feito é preciso Conhecer para melhor prosseguir.

Falo assim sem tristeza, falo por acreditar que é cobrando o que fomos que nós iremos crescer"


Fontes consultadas: CifraClubNews: *Clube da Esquina: "Uma história de Acordes e Amizade" (Vivi Velano)