19 de outubro de 2012

A poesia Viva de Vinicius de Moraes


"Que a vida não gosta de esperar, a vida é pra valer, a vida é pra levar, Vinicius, velho, Saravá."


Marcus Vinicius de Melo Moraes, nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913. Já compunha versos ao cursar os estudos secundários em sua cidade natal. Em 1930, ingressou na Faculdade Nacional de Direito, onde conheceu e se ligou a nomes que se destacariam no panorama intelectual e político brasileiro, como Otávio de Faria, SanThiago Dantas e Plínio Doyle. Formou-se em 1933, mesmo ano em que lançou seu primeiro livro de poemas, "O Caminho para a Distância".

Não se dedicou muito tempo à advocacia, ingressando no Ministério da Educação para exercer o cargo de censor cinematográfico. Em 1938, porém, recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesa na Universidade de Oxford. Ainda na Inglaterra, casou-se por procuração com Beatriz Azevedo de Melo. Voltou ao Brasil em 1939, devido ao início da Segunda Guerra Mundial.

Passou longa temporada em São Paulo e, voltando ao Rio de Janeiro, começou a colaborar na imprensa. Nessa época, já era reconhecido como poeta e desenvolvera amizade com vários nomes importantes de nossas letras, como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.

Em 1943 ingressou na carreira diplomática, seguindo três anos depois para Los Angeles (EUA) como vice-cônsul. Serviu também em Paris, Montevidéu e novamente Paris. Durante esse tempo, publica diversas obras e casa-se pela segunda, terceira e quarta vez. No início da década de 1960, começou a compor em parceria com Carlos Lyra, Pixinguinha e Baden Powell. Também faz shows ao lado de Antonio Carlos Jobim e João Gilberto.

Também exerceu intensa atividade na área de cinema, teatro, poesia e música, Em 1969, foi exonerado do Ministério das Relações Exteriores pelo regime militar e se casou com Cristina Gurjão. No ano seguinte, casou-se com a atriz bahiana Gesse Gessy e iniciou sua parceria com Toquinho, que iria continuar até o fim de sua vida. Com o parceiro, excursiona pelo Brasil e pela Europa.       

                     

Durante a década de 1970, compôs muito, fez vários shows e casou-se ainda mais duas vezes. Em 1979, a convite do então líder sindical Luís Inácio Lula da Silva, faz uma leitura de seus poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. No mesmo ano, na volta de uma viagem à Europa, sofre um derrame à bordo do avião. Morreu aos 67, em 9 de julho de 1980, de edema pulmonar, em sua casa, na companhia de Toquinho e da última mulher, Gilda Queirós Mattoso.

Veja o documentário sobre Vinicius de Moraes, filme completo:

         

"Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores"
Fonte: Educaçãouol.com. br

*Se estivesse vivo, Vinicius de Moraes faria 99 anos hoje. 19/10/2012.

11 de outubro de 2012

Tim Maia e Elis Regina são eleitos como maiores vozes da história da música brasileira

Tim Maia e Elis Regina foram eleitos pela revista "Rolling Stone Brasil" como as principais vozes da história da música brasileira e estampam as duas capas disponíveis para a publicação em outubro.


Fonte: Uol
A edição de outubro da versão brasileira da revista "Rolling Stone" elegeu Tim Maia e Elis Regina como as maiores vozes da história da música brasileira, colocando os dois cantores à frente de uma lista com 100 artistas. Cada um vai estampar uma das duas capas disponíveis para a publicação que chega às bancas na semana que vem.
A lista também contou com nomes como Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Raul Seixas e Clara Nunes. Até mesmo nomes mais recentes na música brasileira como Céu e Tulipa Ruiz foram lembradas por uma equipe de especialistas consultada para a eleger os homenageados.
Cada texto sobre os principais nomes da lista é assinado por outros artistas como Rita Lee, Samuel Rosa e Max de Castro. No caso de Tim Maia, o autor foi o músico Seu Jorge. “O timbre de Tim Maia era muito particular e muito pessoal. De grande extensão, ia do grave ao agudo e era marcante, com o sotaque da música brasileira", escreveu. "Você percebe samba, jovem guarda, forró, tudo fundido dentro dessa particularidade de black music."
Já Elis foi descrita pela própria filha, a artista Maria Rita. “Minha mãe, absurdamente inteligente que era, soube ser repórter do seu tempo, de forma sensível, criativa e corajosa”, relatou. “A sua compreensão das letras permitia sua interpretação ímpar."
 *Essa matéria foi postada originalmente no site da UOL. Confira também a matéria da Rolling Stone Brasil
  


A Elegância e a delicadeza de um gênio do Samba.

"Cartola não existiu, foi um sonho que tivemos"
Nelson Sargento



Poucos nomes na história da MPB conquistaram lugar de tamanho destaque e respeito como Angenor de Oliveira o "Cartola" que se estivesse entre nós estaria completando hoje 104 anos. Amado e admirado por todos nesse e em outros países, sua música não sacia somente o ouvido, mas a mente, o coração e nos enche a alma!

A poesia trasborda com extrema naturalidade e leveza de suas  letras doces e sinceras, Nunca teve pudor ou medo de cantar seus amores, sua principal inspiração eram as mulheres, presentes em quase todas as suas canções, além da vida na comunidade onde ficou famoso e que tanto amava a Mangueira, apesar de não ter vivido lá a vida toda.

 Falar de Cartola sem citar a Mangueira é algo impossível, lá  Participou da formação do Bloco dos Arengueiros, em 1925, que  foi por muito tempo o coração da comunidade, anos depois em 1929  participou da fundação da escola de samba "Estação Primeira de Mangueira", e foi ele quem sugeriu que aquela agremiação tivesse as cores verde e rosa que hoje são conhecidas mundo à fora.

Foi lá também que Cartola viveu por anos com um dos grandes amores de sua vida, Deolinda, uma mulher sete anos mais velha, que abandonou um casamento para viver ao seu lado.

Depois disso Angenor mudou-se da Mangueira e mais de uma década depois vivendo já com seu outro grande amor, Dona Zica, abriu com ela o restaurante Zicartola, na Rua da Carioca, Centro do Rio. E o restaurante tornou-se página fundamental para a música popular brasileira, Tornando-se pondo de encontro de grandes sambistas, foi lá que Paulinho da Viola começou a se apresentar para o público.

E vocês sabem de onde veio o apelido "Cartola"?
Ele ganhou o apelido pelo qual ficaria consagrado, de seu amigo que zombando de sua vaidade, pois, para evitar que o cimento caísse nos cabelo, passou a usar um chapéu- de- côco que os colegas diziam ser uma cartolinha, começando assim a chama-lo de "Cartola"
Discografia:






Ao ouvir sua obra, a impressão que fica, docemente acentuada, é que compunha com tanta naturalidade e pureza que as letras parecem ter surgido fáceis, deslizando direto de sua alma para o papel.

Sobre Cartola:
"Cartola não existiu, foi um sonho que tivemos"

Nelson sargento.
A música de Cartola é pura elegância. Ou seja, se elegância e classe pudessem ser medidas em traje inglês formal, à cartola do Cartola só faltariam mesmo a luva e o “smoking”.

Ricardo Cravo Albin


 "A delicadeza visceral de Angenor de Oliveira (e não Agenor, como dizem os descuidados) é patente quer na composição, quer na execução. Como bem me observou Jota Efegê, seu padrinho de casamento, trata-se de um distinto senhor emoldurado pelo Morro da Mangueira. A imagem do malandro não coincide com a sua. A dura experiência de viver como pedreiro, tipógrafo e lavador de carros, desconhecido e trazendo consigo o dom musical, a centelha, não o afetou, não fez dele um homem ácido e revoltado. A fama chegou até sua porta sem ser procurada. O discreto Cartola recebeu-a com cortesia. Os dois conviveram civilizadamente. Ele tem a elegância moral de Pixinguinha, outro a quem a natureza privilegiou com a sensibilidade criativa, e que também soube ser mestre de delicadeza".

Carlos Drummond de Andrade.


Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Visite o site pelo link:

Assista na íntegra o programa Ensaio/1974. Com Cartola e Leci Brandão: 

                  

10 de outubro de 2012

Veja a capa do novo DVD de Maria Rita. Redescobrir



Primeiro DVD de Maria Rita interpretando a obra da mãe Elis Regina, “Redescobrir” teve a capa divulgada nesta quarta (10), com exclusividade ao UOL 
Fonte: Site UOL
O álbum faz parte do projeto que colocou a cantora de MPB em turnê cantando clássicos de Elis.

Primeiro single do álbum, “Me Deixas Louca” já está tocando nas rádios e faz parte do tema da novela “Salve Jorge”, de Gloria Perez. O álbum será lançado com um DVD pela Universal Music em novembro. O material é baseado nos shows e bastidores da turnê que passou por diversas capitais brasileiras.

Em comunicado emitido pela assessoria de imprensa da cantora, Maria Rita diz que depois de muito tempo de resistência, achou que conseguiu redescobrir e reapresentar a mãe para o público. “O que mais chamou a minha atenção foi que o meu objetivo principal se concretizou. Redescobri-la. Reapresentá-la. Relembrá-la. Sim, os “re-” são necessários porque Elis é (in)consciente coletivo“, comentou.

"Devido ao tamanho dessa emoção e gratidão aos fãs, decidi seguir um pouco mais com a turnê, para que mais pessoas possam participar dessa homenagem à Elis“, completou


Lista de músicas do DVD:

"Imagem"
"Arrastão"
"Como Nossos Pais"
"Vida de Bailarina"
"Bolero de Satã"
"Águas de Março"
"Saudosa Maloca"
"Agora Tá"
"Ladeira da Preguiça"
"Vou Deitar e Rolar"
"Querelas do Brasil"
"O Bêbado e o Equilibrista"
"Menino"
"Onze Fitas"
"Me Deixas Louca"
"Tatuagem"
"Essa Mulher"
"Se Eu Quiser Falar com Deus"
"Zazueira"
"Alô Alô Marciano"
"Aprendendo a Jogar"


         

*Essa matéria foi postada originalmente no site da UOL, e pode ser acessada nesse link: Redescobrir.

*Confira todas as novidades da carreira da cantora Maria Rita através do site oficial: Maria Rita


9 de outubro de 2012

Novo DVD de Chico Buarque

Novo DVD de Chico Buarque Mostra apresentação de última turnê do cantor
Fonte: UOL

Um registro da última turnê de Chico Buarque, que divulgou o disco “Chico”, será lançado em DVD e Blu-Ray no próximo dia 10 de outubro. Intitulado “Na Carreira”, o lançamento do selo Biscoito Fino mostra uma apresentação na íntegra, com as dez faixas do último disco no repertório e outras 20 canções de diversas fases da carreira do cantor.
 
Com direção de Dora Jobim e Gabriela Gastal, o DVD conta ainda com um making of com entrevistas e os bastidores da gravação realizada em duas noites, em fevereiro deste ano, no Vivo Rio, na capital carioca. O Blu-Ray conta ainda com o documentário inédito “O Dia Voa”, de Bruno Natal, sobre a gravação do último disco.
 
A turnê passou pelo Brasil entre novembro de 2011 e maio de 2012 e foi visto por 150 mil pessoas. O repertório tem músicas pouco executadas nos últimos anos, como “Anos Dourados”, “Desalento” e “Bastidores”, além de participações especiais como a do baterista Wilson das Neves em “Tereza da Praia”. O cenário conta ainda com reproduções de um desenho de Oscar Niemeyer e duas pinturas de Cândido Portinari.

O Canal Brasil vai exibir o show dentro do programa “Faixa Musical” no dia 20 outubro, às 19h, e vídeos com clipes do show e entrevistas inéditas com Chico serão postados diariamente no site 
www.chicobastidores.com.br.

Confira o repertório de “Na Carreira”:

O Velho Francisco
De Volta ao Samba
Desalento
Injuriado
Querido Diário
Rubato
Choro Bandido
Essa Pequena
Tipo um Baião
Se eu Soubesse
Sem Você nº2
Bastidores
Todo o Sentimento
O Meu Amor
Teresinha
Ana de Amsterdam
Anos Dourados
Sob Medida
Nina
Valsa Brasileira
Geni e o Zepelim
Sou Eu
Tereza da Praia
A Violeira
Baioque
Rap de Cálice
Sinhá
Barafunda
Futuros Amantes
Na Carreira
 

*Essa matéria foi postada originalmente no site da UOL

3 de outubro de 2012

Adriana Calcanhotto.




Hoje 03 de outubro de 2012, uma das mais talentosas cantoras e compositoras da nossa MPB completa 47 aninhos.

Filha de um musico de jazz e bossa nova e de uma bailarina, ela também assina como Adriana Partimpim, (nos CDs infantis) a menina de Porto alegre, que aos seis anos ganhou do avô seu primeiro violão, conquistou o grande publico com suas canções doces, porém fortes e marcantes.

Seu estilo é fortemente influenciado pelo movimento modernista, que é a grande paixão e referência da cantora.

Desde 1990 quando lançou seu primeiro álbum, Adriana Calcanhotto demostra muita segurança e propriedade de seu trabalho, e apesar de sua obra transitar entre variados estilos tais como, Samba, Bossa Nova e Pop, sua identidade artística é marcante e de uma poesia ímpar. 

Discografia:



1990 - Enguiço
1992 - Senhas
1994 - A Fábrica do Poema
1998 - Maritmo
2000 - Público
2002 - Cantada
2004 - Adriana Partimpim2005 - Adriana Partimpim - O Show
2008 - Maré
2009 - Partimpim Dois
2011 - O Micróbio do Samba
2012 - Multishow ao Vivo: O Micróbio do Samba

Essa estrela Gaúcha que começou sua careira tocando em bares de Porto Alegre.
Essa mulher que vive em união instável com a cineastra Suzana de Moraes, filha de um dos maiores ídolos da nossa música e literatura, Vinicius de Moraes.
Essa artista que já ganhou dois Grammy latino, um pela canção "Tua" (interpretada por Maria Bethânia), em 2010, e outro pelo álbum "Adriana Partimpim" em 2006.
Essa cantora que tem seu violão como uma extensão dela mesma... 
Adriana Calcanhotto é tudo isso, canta e encanta à todos.
                               
                                        Parabéns Adriana!


                         Foto: Catarina Henriques  
                         Visite o site oficial da cantora Adriana Calcanhotto