30 de abril de 2012

"É doce Morrer no mar". Navegando pelas ondas tranquilas de Dorival Caymmi


Saiba mais sobre a vida do músico Dorival Caymmi


Dorival Caymmi nasceu em Salvador, em 30 de abril de 1914, filho do funcionário público Durval Henrique Caymmi e de Aurelina Cândida Caymmi, conhecida por Dona Sinhá.

A família Caymmi sempre foi ligada à música, já que seu pai tocava violão, bandolim e piano, e sua mãe gostava de cantar. Além de Caymmi, o casal teve outros três filhos: Deraldo, Diná e Dinair.
Aos seis anos, o menino Caymmi começou a freqüentar a Escola de Belas Artes, no Colégio de Dona Adalgisa. Estudou depois no Colégio Batista e, em 1926, concluiu o curso primário no Colégio Olímpio Cruz, todos na capital baiana. No ano seguinte entrou para o então ginásio, mas abandonou a escola para trabalhar no jornal "O Imparcial". Quando o jornal fechou, em 1929, ele teve que trabalhar como vendedor.


Primeira composição
Em 1933, Caymmi começou a compor marchinhas e toadas, como "No sertão", sua primeira composição. Em 1934, ele começou a ter aulas de violão com seu pai e com seu tio Cici. Em 1935, passou num concurso para escrivão da coletora estadual, cargo para o qual nunca foi nomeado. 

Foi nesse mesmo ano que ele começou a cantar, quando foi junto de seu primo Zezinho à Rádio Clube da Bahia. Também em 1935, ele prestou o serviço militar.

Em 1937, Caymmi resolveu ir tentar a vida no Rio de Janeiro, viajando num Ita, um pequeno navio de passageiros. Ele queria estudar jornalismo e trabalhar com desenho na então capital do país. Ele chegou a publicar seus desenhos na revista "O Cruzeiro".

Stella Maris
Um amigo o apresentou ao diretor da Rádio Tupi, Teófilo de Barros Filho, que gostou muito da voz grave do jovem Caymmi e resolveu contratá-lo. Em 1939, conheceu num programa de calouros na Rádio Nacional a sua futura mulher, a cantora Stella Maris (cujo nome real é Adelaide Tostes), quando ela cantava "Último desejo", música de Noel Rosa.


Filhos de Dorival Caymmi, Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi, também tornaram-se músicos, com seus pais. Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

Eles se casaram em 1940 e tiveram três filhos: Dinair (Nana), nascida em 1941, Dorival (Dori), nascido em 1943, e Danilo Cândido, nascido em 1948. Todos eles se tornaram grandes nomes da música popular brasileira. 

Em 1943, Caymmi perdeu sua mãe. Nesse mesmo ano, passou a freqüentar o curso de desenho na Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro.
Em 1953, foi inaugurada em sua homenagem a praça Dorival Caymmi, em Itapuã, bairro soteropolitano. Dois anos mais tarde, mudou-se com a família para São Paulo, lá vivendo por cerca de um ano e depois retornou ao Rio. Caymmi tem seis netos, Stella Teresa, Denise Maria e João Gilberto (filhos de Nana), João Vítor (filho de Dori) e Juliana e Gabriel (filhos de Danilo).

Caymmi era amigo de outro baiano famoso: o escritor Jorge Amado, morto em 2001. Como eram parecidos fisicamente, os dois costumavam ser confundidos um com o outro por fãs. Os dois compuseram juntos a música "É Doce Morrer no Mar".

Baianos Jorge Amado e Dorival Caymmi (à dir.) costumavam ser confundidos por fãs.
Zélia Gattai/Fundação Casa de Jorge Amado


Homenagens

Em 1968, ganhou do governo da Bahia uma casa na Praia de Ondina, em reconhecimento a sua importância para a cultura brasileira. Em 1972, foi agraciado no Palácio do Itamaraty (Brasília) com a comenda da Ordem do Rio Branco, em Grau de Oficial. Foi também agraciado com a comenda da Ordem do Mérito da Bahia.

Em 1984, recebeu, em comemoração de seus 70 anos, inúmeras homenagens, tais como: a edição de um CD duplo e de um álbum de desenhos patrocinado pela Funarte (Rio de Janeiro); a outorga da comenda da "Ordem das Artes e das Letras da França"; a outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho (Brasília) e a outorga do título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia (Salvador). Em 1985, inaugurou a avenida Dorival Caymmi na capital baiana. Em 2001, com quase 90 anos, Caymmi voltou a compor para a televisão.

O cantor e compositor Dorival Caymmi faleceu no dia 16 de agosto de 2008aos 94 anos, no Rio.
Danilo, Dori, Dorival e Nana Caymmi

                              

Além desse post, fizemos também um álbum de fotos em homenagem a Dorival Caymmi, postamos em nossa página no facebook, para conferir é só acessar esse linkDORIVAL CAYMMI


Matéria originalmente publicada na Folha Ilustrada, no dia 16/08/2008: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada


Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira




22 de abril de 2012

Entrevista com Barbara Marques



 Vejo que você compõe suas canções,o que mais te inspira na hora de compor?
- O que mais me inspira são as coisas que acontecem no dia-a-dia mesmo. Fatos interessantes que acontecem comigo ou com amigos.


Como sua família reagiu ao saber que você escolheu o mundo 
 da música?
 - Graças a Deus eles me apoiaram bastante!! Conto com o incentivo deles em
 todos os momentos.

 Uma vez você disse que gostava de Roberto Carlos,já cantou
 alguma música dele em seu show?
 - Sim, já fiz uma releitura de uma música do Roberto chamada "Você não serve para mim". Foi incrível!!


Roberto Carlos - Você Nao Serve Prá Mim - 1967 by Maristela Raineri








 Antes de ir pro palco,tem alguma mania?
 - Sim, de fazer metodicamente o meu exercício vocal.


 A campanha para seu 2º CD teve bom resultado?
- Está sendo bem legal sim, mas ainda não terminou. Vamos ver daqui um tempo!!!
 Uma música que você gostaria de regravar?
- Cérebro Eletrônico do Gilberto Gil.


 MPB não é um estilo musical que esta sendo tão valorizado como antes,esta
 sendo difícil ganhar conhecimento?
- Tudo que é novo precisa de um tempo para ter estabilidade, é assim
 independente da área que vc atua.



 Uma mensagem para as pessoas que acompanha o seu trabalho:
- Quero agradecer a todos pelo carinho que eles têm comigo e com o meu
 trabalho!! O incentivo do público é uma energia mágica!!! Amo o palco, amo
 estar com o meu público!!!

Veja abaixo um vídeo clipe da cantora:




www.barbaramarques.com


Entrevista original por Divulga Música.

20 de abril de 2012

Roberta Campos mostra seu "Diário de um dia"



Mineira de Caetanópolis, Roberta Campos é um dos novos nomes que aparecem em um time de grandes cantoras da MPB. Ela se recorda de sentir paixão pela música ainda criança, com apenas quatro anos. Por muito tempo esse amor foi alimentado por uma brincadeira de cantar acompanhando os encartes dos discos de seus tios. Aos 11 anos ela ganha seu primeiro violão e sozinha a começa a aprender a tocar.

Logo, Roberta começa a se apresentar em eventos da escola em que estudava.  Com 18 anos ela monta sua primeira banda, Alpha Band, mas ficou nela por pouco tempo.

Em 1999 Roberta largou seu trabalho, estudou canto por oito meses e montou uma nova banda em Sete Lagoas, Pop Troti, com a qual se apresentou em diversas cidades da região durante três anos. Em 2003 ela deixa a banda e em 2004 se muda para São Paulo.

Com mais de 200 músicas compostas ela grava sozinha, em casa, em 2008, seu primeiro CD, “Para Aquelas Perguntas Tortas”, no qual cantou, tocou, compôs e produziu. Postou algumas músicas no MySpace e começou a ganhar fãs. A faixa “Varrendo a Lua” entrou na programação de rádios do segmento. Aos poucos, sua música delicada e cheia de personalidade foi conquistando mais gente.

A música chegou aos ouvidos dos produtores da Deck que chamaram Roberta para gravar um novo álbum, desta vez acompanhada de grandes profissionais e com a participação especial de Nando Reis em “De Janeiro a Janeiro”. “Varrendo a Lua” foi lançado em 2010 e abriu caminho para a carreira de Roberta. Músicas como a que dá o nome ao CD” e “Mundo Inteiro” viraram hits e são cantadas em coro pelo público em cada apresentação. “De Janeiro a Janeiro”, também ficou no Top 10 das rádios do segmento e está na trilha sonora da novela “Rebelde” (Record).

Seja cantando suas próprias canções ou interpretando músicas de outros artistas, a personalidade de Roberta se sobressai. Assim são suas versões de “Vinte Nove” (Legião Urbana), “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor” (Márcio Borges e Lô Borges) e “José” (de Georges Moustaki, na versão de Nara Leão), esta parte da trilha de “Amor e Revolução”, nova novela do SBT.

Roberta Campos segue em turnê e a repercussão é cada vez melhor. Ela já esteve em Minas Gerais, interior de São Paulo, São Paulo, Paraná, Ceará, Rio Grande do Sul, Brasília, Bahia, Fortaleza, Rio de Janeiro... Durante esse tempo conquistou elogios de músicos ilustres como Marcelo Camelo, Leoni, Ricardo Koctus, Moska, Nando Reis e cantou com Milton Nascimento, Paulinho Moska e Nando Reis.

Em maio de 2012 lança seu novo álbum, DIÁRIO DE UM DIA, com 11 canções, sendo 3 presentes de Frejat, Zélia Duncan em parceria com Leoni e uma canções que Moska fez a pedido de Roberta, chamada “Meu Nome É Saudade De Você”. As outras canções são de autoria da própria Roberta. O disco conta com músicos como, Dunga, Marcos Suzano, Christiaan Oyens, Humberto Barros, Davi Moraes, Fabrizio Iori, Paulinho Moska tocou violão em 2 canções e teve arranjo de cordas de Linconl Olivetti e Otávio de Moraes.

Roberta planeta lançar ainda neste ano o seu primeiro DVD. Pra ficar antenado com as novidades da carreira de Roberta Campos, é só acessar o site oficial da cantora: Roberta Campos, ouça a canção que dá nome ao disco nesse link: Diário de Um Dia



18 de abril de 2012

"Deixa Estar" Saiba mais sobre o novo Sucesso de Luiza Possi


      A cantora Luiza Possi, está com uma nova música de trabalho, O nome da canção é "Deixa Estar" segunda faixa do álbum "Seguir Cantando". uma composição do cantor Tó Brandileone que faz parte do grupo "5 a Seco". A canção já é um grande sucesso da cantora e está sendo executada em várias rádios de todo o Brasil.



     
A canção ganha o ouvinte pela bela melodia da guitarra de Conrado Goys, além disso muitas pessoas se identificam com  a letra, que fala de um amor não correspondido, de alguém que precisa levantar a cabeça, deixar as coisas acontecerem e ir pra "pista da vida, dançando sem parar"


                                 Confira a canção "Deixa Estar"

 

'5 a Seco' é um grupo paulista formado por: Tó Brandileone, Vinicius Calderoni, Pedro Altério, Pedro Viáfora e Léo Bianchini, inclusive Luiza Possi faz parceria, com a maioria desses cantores e violinistas que fazem parte dos novos talentos da MPB.

   Os integrantes de '5 a Seco' são jovens descontraídos e irreverentes, essencialmente cantores e violonistas, se desdobram no palco e tocam, além de seu instrumento de origem, baixo, guitarra, bateria, percussão. O resultado é uma rica gama de timbres e texturas musicais perpassando os arranjos, tudo sempre amarrado por um roteiro de inspiração teatral.

Agora conheça a canção 'Deixe Estar' na voz desse quinteto:


Para conhecer melhor o trabalho do "5 a Seco", Confira a entrevista feita com Vinícius Calderoni para o blog divulga Música: Divulga Música-Entrevistas


Por @RobertaCampos5 - @LLPLPG

16 de abril de 2012

Aconchego devolve Nando Cordel aos Palcos


Após 05 anos sem lançar um disco, Nando Cordel apresenta o seu novo álbum: "Aconchego" um dos destaques do disco é a música “Coisa Linda” que já está sendo executada nas rádios.

O CD vem recheado com as canções De Volta pro Aconchego, Flor de Cheiro, Você Endoideceu meu Coração, Azougue, Paz pela Paz, Gostoso Demais, entre outros. Veja no vídeo o release do CD Aconchego:
          


Nando Cordel tem 28 anos de carreira, mais de 700 músicas gravadas, 39 cds lançados, incluindo o seu mais recente, sendo 14 coletâneas de músicas instrumentais, 1 de chorinho e um kit infantil com 2 livros e 2 CDs, além de um DVD lançado em 2007.


O talento e a versatilidade de Nando Cordel conquistaram o Brasil. Suas músicas  foram gravadas por grandes nomes da MPB, como: Maria Bethânia, Elba Ramalho, Fafá de Belém, Chico Buarque, Zizi Possi, Fagner, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Martinho da Vila, Emílio Santiago, Amelinha, entre outros.


Além disso, Nando tem parceiros ilustres na música, como Dominguinhos, Fausto Nilo e Geraldo Azevedo.


Com seus projetos de músicas instrumentais para relaxamento e meditação, teve canções lançadas em países como Bélgica, Suíça, Espanha, Alemanha, França, Colômbia, Peru, Canadá e Estados Unidos.
Agora, além de seu sucesso, vê crescer o de seus filhos Tauã Cordel, Ruan Cordel e Caiã Cordel que seguindo os passos do pai estão gravando CD e já são os queridinhos de Pernambuco, ganhando em breve, todo Brasil com a banda Tribo Cordel. 

Em 2011 Nando recebeu das mãos do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, uma homenagem, tendo o maior evento de forró de Recife dedicado a ele, o chamado São João da Capitá. 
Por Elaine Carla ( @elaine_carla)

12 de abril de 2012

Entrevista com a "Flor Morena" do Samba. Aline Calixto


Carioca, mas mineira de criação, Aline Calixto é formada em Geografia pela Universidade Federal de Viçosa/MG, logo que se formou voltou para BH e meses depois, em dezembro de 2007, Aline venceu o Festival "Novos Bambas do Velho Samba", no bar Carioca da Gema. A  partir daí começou a ser convidada pra rodas de samba importantes no Rio de Janeiro.
Em 2009 Lançou seu seu primeiro disco e foi uma das mais interessantes revelações do samba dos últimos anos, uma das mais promissoras vozes da cena contemporânea da nossa música brasileira.
Em seu segundo trabalho "Flor Morena" Aline, se mostra uma cantora mais madura e segura, que começa a abrir espaço também para outros estilos e mostra que não poderia ter escolhido outro caminho para seguir.
Convidada a responder algumas perguntas para o Blog Clube da MPB, a cantora Aline Calixto não apenas aceitou na hora, como nos recebeu de braços abertos, sempre com muito carinho.
Para saber um pouco mais dessa maravilhosa cantora e orgulho do povo belorizontino, leia abaixo a entrevista exclusiva que ela respondeu para o Blog.
1)    Você é carioca, foi criada em MG e atualmente mora em BH. Qual sua relação com a cidade e com o público mineiro?
Embora tenha nascido no Rio, fui criada em Minas desde os 6 anos de idade. Morei em BH a maior parte do tempo. Só me mudei no ano de 2001 para Viçosa, onde fui cursar Geografia e lá fiquei até 2006. Minha relação com o público mineiro é de extremo carinho. Minas é a minha casa, o lugar onde construí minha vida. Amo o povo mineiro e me sinto parte dessa comunidade, uai!

2)    Você é formada em Geografia e começou a tocar em “rodas de samba” ainda na faculdade, certo? Sua história com o samba começou aí ou foi antes disso? Nos conte um pouco sobre isso.
A música entrou na minha vida desde cedo. Meu pai era dono de um bar em BH no qual tinha música ao vivo. Eu adorava ir ao bar e ficar observando o músico se apresentando e o povo dançando e cantando com ele. O repertório era bem eclético, rolava seresta, samba, sertanejo, boleros, etc.

Mas só fui estrear mesmo os palcos na cidade de Viçosa, onde formei uma roda de samba junto com outros amigos que também curtiam o gênero. Tocávamos os grandes clássicos e também composições próprias. Isso foi por volta de 2003. Mas o fato é que todos tocavam mais por divertimento, acho que somente eu tinha o desejo de um dia levar a carreira a sério. E foi o que aconteceu um tempo depois.

3)    Como vê as redes sociais, como facebook, twitter e os blogs sobre música, por exemplo, para o trabalho do artista?
Hoje estar inserido nas redes sociais é fundamental para qualquer artista. Sou bastante ativa no meio internético. Acho que a interação quando acontece de forma tranquila e respeitosa, é muito gratificante para todas as partes.

4)    Como é seu relacionamento com os fãs?
Sem eles, meu trabalho não existiria. Meus fãs são as figuras mais importantes dessa história. Tenho um profundo carinho e respeito por eles. Recebo-os sempre nos meus shows, salvo raras exceções, as vezes preciso sair rapidamente de um show e seguir viagem. Na internet também tento interagir o máximo com eles.

5)    A música “Flor Morena” é tema na novela das 21h. Qual a importância para o artista ter uma música em horário nobre na TV? Realmente faz muita diferença na carreira?
Olha, é claro que faz diferença sim. "A televisão é um veículo de informação muito importante ainda. Você acaba entrando na casa do telespectador “sem pedir licença” (Risos). Daí as pessoas que se identificam com a música, procuram saber quem é o intérprete. E para qualquer artista, é fundamental que as pessoas tenham acesso à sua arte, seja pela rádio, TV ou internet.

6)    Existe algum plano de gravar um DVD?
No momento estamos trabalhando na divulgação do álbum "Flor Morena". Mas no futuro, claro que temos planos de gravar um DVD.

7)    A música “Gemada Carioca” conta a história da sua família. Como essa música surgiu? 
Tive a ideia de registrar parte da história da minha família através de uma música. O objetivo era levar ao público um pouco da minha vivência extra-palco, mas talvez por se tratar de um assunto tão pessoal, eu mesma não consegui compor. Um dia, estava participando de um show do Martinho da Vila e contei essa história pra ele, para minha honra e grande alegria, ele se ofereceu para fazer a música. Foi um dos maiores presentes que já ganhei na vida!

8)    No CD “Flor Morena” temos 2 músicas de composições suas. Compor para você é processo natural? Pretende continuar compondo?
É preciso que seja natural, se não, não rola. Pretendo compor sempre que pintar vontade. Não tenho nenhuma neura com relação ao processo. Entendo que cada um tem o seu. O meu é bastante intuitivo. Fico sempre atenta para o nascimento das minhas composições, pois não há previsão, é atemporal.

9)     Você tem aberto espaço para novos compositores, principalmente mineiros, como Rodrigo Santiago, Toninho Geraes e Toninho Nascimento, Affonsinho e o sensacional Renegado. Como descobriu esses compositores? E como é trabalhar com eles?
Bem, desses que você citou, apenas o Rodrigo Santiago e o Renegado fazem parte de fato dessa nova geração. Os outros, estão presentes no repertório de muita gente há bastante tempo.
Gravar novos compositores é muito importante pois são artistas que fazem parte da minha geração. É preciso que o povo conheça também trabalhos de alta qualidade dessa turma que não deixa nada a desejar!

10) Falando em Renegado, sua parceria com ele é cada vez mais sólida. Qual a importância dessa parceria para você?
O Renê foi um dos meus primeiros parceiros musicais. Começamos mais ou menos juntos e assim seguimos. Nossa relação é muito bonita! Somos grandes amigos na vida e na música. Ele é uma pessoa muito especial, tem um talento sem igual e vem trilhando um belo caminho. Fico muito feliz em fazer parte da história dele e ele da minha!

11) Para você, Aline, Samba e MPB são seguimentos diferentes?
Olha, as pessoas criam essas categorias para facilitar as análises, mas as vezes acabam criando mais polêmicas do que tudo. Na prática, acho que  o samba deveria estar incluído dentro desse segmento musical, mas na prática, a coisa funciona de outra forma. O importante é o respeito e a interação entre todos os gêneros musicais.

12) Quais são os próximos planos? Pode nos contar ou é segredo? Rsrs
Muita coisa boa vindo por aí... 2012 promete....

13) Quer deixar um recado para os leitores e fãs do Blog Clube da MPB?

Quero deixar um beijo enorme para todos os leitores e fãs do Blog Clube da MPB, e agradecer pelo carinho e atenção!

Para quem ficou com um gostinho de quero mais, assista agora o vídeo-clipe da música "Flor Morena"

     

Assista agora um vídeo produzido pelo Natura Musical, onde Aline conta um pouco do inicio de sua carreira: 






Para saber mais sobre Aline Calixto, acesse o site oficial da cantora, nesse link: Flor Morena

9 de abril de 2012

O Recanto de Gal


Domingo de Páscoa. São Paulo. 11h45 da manhã. 28ºC.
Gal Costa entra em cena e se depara com um Parque da Juventude lotado de um público cuja diversidade é evidente.
Pessoas de todas as idades e todas as tribos, as quais possuem algo em comum: a sede de ouvir a voz que roça nos cabelos e sentir, de corpo e alma, a força que a leva a cantar.

Com sua presença de palco enérgica, afinação impecável e expressão corporal altamente comunicativa, Gal assume um repertório que vai de clássicos como Força estranha, de Roberto Carlos e Folhetim, de Chico Buarque, até um funk presente em seu novo disco: Miami Maculete, de Caetano e Gal.

O repertório conta ainda com Barato Total, Deus é o amor, Baby, Vapor barato, entre outros sucessos. Gal não hesita em brincar com a voz, imitando Tim Maia, quando canta Um dia de domingo.

Quem esperava encontrar uma Gal cansada, se surpreendeu. A cantora lançou sua reinvenção de maneira sofisticada, em uma mistura de rock, música eletrônica, funk, clássicos da MPB e da Bossa, além de texturas alternativas e experimentais.

Após aproximadamente uma hora e vinte minutos de música, encerra o show se despedindo carinhosamente do público e agradecendo gentilmente seus músicos, que deram um show à parte.


O público não se contenta e pede mais, em uníssona sequência de aplausos. E para provar que ainda tem muito pique para cantar, retorna ao palco, fazendo mais três músicas. Um presente para o público, que educadamente ouviu cada nota, participou e cantou cada canção.

Modernizada, eclética, ousada e com sede de cantar, Gal Costa retorna, dando início à mais nova fase de sua carreira.
Quem a viu, quem a vê. Continua a emocionar milhares de pessoas com esta voz que o cantar lhe deu.
Valeu, Gal!



Seu mais novo sucesso: Recanto escuro, acompanhado de Divino Maravilhoso. Ambas deliciosas!

1 de abril de 2012

Música Brasileira celebra os 40 anos do Disco Clube da Esquina


Lançado em 1972 um dos discos mais importantes da música popular brasileira, o antológico "Clube da Esquina" está comemorando 40 anos. Tudo começou quando Lô Borges conheceu Milton Nascimento, eles moravam no mesmo prédio, o edifício Levy e o jovem Lô foi atraído pela voz cativante do Bituca ( Milton Nascimento). Desde então nascia ali uma amizade que renderia um dos discos mais cultuados da MPB. Mas é melhor deixar o próprio Lô Borges contar essa história, vejam o vídeo:


O nome Clube da Esquina se deu de maneira informal e espontânea pra definir as reuniões musicais que aconteciam no cruzamento das ruas Divinópolis com a rua Paraisópolis no tradicional bairro de Santa Teresa na capital mineira, era uma forma do grupo de jovens se encontrarem pra conversar, cantar e tocar violão, já que na época não tinham dinheiro pra frequentarem os bailes e clubes que agitavam a noite mineira.
Vejam o depoimento do jornalista Nelson Motta para o Jornal da Globo, sobre os quarenta anos do disco Clube da Esquina:



Influências do Clube da Esquina:
O som do Clube da Esquina é resultado de uma alquimia musical provocada pela influencia que cada integrante trazia na bagagem, dentro desse universo podemos citar a música erudita, o Jazz e a bossa nova, o rock progressivo, beatles e é claro a música popular brasileira.

"O disco Clube da Esquina representa um marco na música brasileira,  foi um movimento que trouxe uma renovação estética e melódica, uma verdadeira oficina de sons, onde todos criavam e interferiam na música uns dos outros."



Curiosidades do Clube da Esquina

(Crédito-Túlio Santos/EM)

 foram encontrados 40 anos depois, pelo jornal "O Estado de Minas" os dois meninos (Tonho e Cacau) que posaram para a foto do álbum Clube da Esquina, vejam a matéria nesse link: Tonho e Cacau

Vejam o documentário sobre a música "Clube da Esquina N°2" produzido por Isabela Martins para um projeto acadêmico por ocasião dos 40 anos do Clube da Esquina



Em 1972 o Brasil vivia um período de repressão militar, a melhor forma dos jovens se expressarem era através das artes e os integrantes do Clube da Esquina escolheram o caminho da música , hoje 40 anos após o lançamento desse disco clássico, temos a certeza de que "Os Sonhos Não Envelhecem"

Milton Nascimento e Lô Borges em 1972


*Em 1971, Milton já radicado no Rio de Janeiro, e com o sucesso que sua música “Travessia" alcançou num dos “Festivais da Canção”, voltou à capital mineira e convidou Lô Borges, um cara de Belo Horizonte que ninguém conhecia para gravar um disco.


Lô foi para o Rio de Janeiro, encantado pela convite, e levou o amigo Beto Guedes, afinal, quem iria tocar com ele as músicas dos Beatles de que tanto gostava? Milton havia alugado uma casa em Piratininga, Niterói, e, cada um estabelecido em um quarto, foi desenvolvendo melodias, letras e canções. Muitos dos músicos envolvidos no projeto também frequentavam a casa em Niterói.



Veja abaixo dois vídeos que contam um pouco como surgiu o Clube da Esquina:









Em 1978 lançaram outro disco duplo, o Clube da Esquina 2 com destaque para a participação de Elis Regina e Chico Buarque


Para comemorar os 40 anos do disco Clube da Esquina, os músicos vivem a expectativa de realizar alguns shows para lembrar o disco, existe ainda a ideia de criar um museu próximo a praça da Liberdade. 

A dica para os apaixonados pelo Clube é ler alguns livros que revelam um pouco mais da história desse grupo, além das fotos que recheiam as publicações, podemos citar alguns como: 

 Os Sonhos Não Envelhecem, Histórias do Clube da Esquina”, de Márcio Borges.

 “Coração Americano: 35 Anos do Álbum Clube da Esquina” , de Andréa Estanislau, e o Gibi “Histórias do Clube da Esquina”, de Laudo Ferreira e Omar Vinole

 Outra dica bem interessante pra quem gosta de ficar antenado nas histórias do Clube, é o Site Museu Clube da Esquina que conta com um acervo vasto de fotos, vídeos e depoimentos, além de estar sempre atualizado. Além do site, exite também um blog com conteúdo 100% dedicado ao Clube da Esquina, nós recomendamos, vejam nesse link: Blog do Clube da Esquina



"Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem"



"Quisera encontrar aquele verso menino que escrevi há tantos anos atrás, falo assim sem saudade, falo assim por saber se muito vale o já feito, mais vale o que será.

Mais vale o que será e o que foi feito é preciso Conhecer para melhor prosseguir.

Falo assim sem tristeza, falo por acreditar que é cobrando o que fomos que nós iremos crescer"


Fontes consultadas: CifraClubNews: *Clube da Esquina: "Uma história de Acordes e Amizade" (Vivi Velano)