A cantora e compositora Mallu
Magalhães festeja hoje seus 21 aninhos, mas de velha e louca a moça não tem nada. Quem acompanha a carreira de Mallu
sabe que ela amadureceu e prova isso da melhor maneira possível, com
música. seu álbum mais recente “Pitanga” mostra uma Mallu bem diferente daquela que
muitos conheceram através das redes sociais.
Recentemente a TV cultura transmitiu o
programa Ensaio estrelado por Mallu, confira alguns trechos aqui:
Maria Luíza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães, ou
simplesmenteMallu, nasceu em 29 de agosto de 1992,
com três álbuns, emplacou vários sucessos, como “Velha e Louca, Sambinha
bom, moreno do cabelo enroladinho, entre outras canções. É filha de uma
paisagista com um engenheiro.
Aos nove anos Mallu ganhou um violão, aos 12
anos, já começou a compor suas primeiras canções, três anos depois,
disponibilizou quatro músicas no site "MySpace" e começou a fazer
sucesso. A cantora chamou a atenção do público por suas interpretações de músicas
do Johnny Cash e de Bob Dylan. Seu álbum de estreia teve a produção deMário
Caldatoe foi um sucesso.
Foi indicada como revelação em vários prêmios. O segundo trabalho foi produzido por Kassin e marca o
amadurecimento musical de Mallu.
Em 2011, chegou ao mercado, “Pitanga", seu
terceiro álbum, recheado de boas canções, o disco foi produzido por seu marido,
o músico Marcelo Camelo. Ouça o álbum na íntegra clicando nesse link:Pitanga
Rock In Rio: (Matéria publicada no site G1)
"Sinto-me capaz de
conduzir esse turbilhão de impulsos com imenso desejo de tudo dar certo",
afirma Mallu. Ela canta no dia 20 de setembro no Palco Sunset, ao lado da Banda
Ouro Negro, no Rock in Rio 2013. Com 21 anos, ela é a cantora mais nova a fazer
show nesta edição do festival. "Acho que minha pouca idade pode trazer
essa coragem quase inconsequente para realizar desafios como esse",
comenta sobre o encontro com os músicos Mário Adnet e Zé Nogueira. No
repertório, estão canções de Moacir Santos, como "Nanã", "April
Child" e "What's my name". "Passei a fazer aulas de canto
três vezes na semana, especificamente para cantar tão lindas melodias",
afirma.
"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal."
(Raul Seixas)
Fonte: Jornal do Brasil
Hoje faz 24 que o maluco beleza faleceu, Raul Seixas sofreu uma parada cardíaca, ocorrida durante o sono no Flat Service Residence Aliança, zona central de São Paulo, onde morava.
Cerca de dois mil fãs se despediram atirando flores e cigarros sobre a sepultura ao som de antigos sucessos do roqueiro cantados pela multidão e intercalados por gritos de "Raul não morreu".
Entre os altos e baixos de sua carreira, foi cultuado como lenda por seus admiradores catalogados em seu fã-clube, Raul Rock Clube: www.raulrockclub.com.br
O cantor e compositor baiano foi formado em Filosofia e Direito e além de ter amplos conhecimentos em latim. Aos doze anos ele formou o conjunto de rock "Os Panteras" na capital baiana. Os Panteras chegaram a gravar um compacto, e um LP, no Rio, em 1969. Foram na contramão da Tropicália e o grupo de Raul não se destacou
Em 1972, durante o 7 Festival Internacional da Canção, o público ouviu "Let me sing" de parceria dele com Nadine, uma mistura de rock com baião.
Em 1973 saiu o compacto "Ouro de Tolo" com 60 mil cópias vendidas e o LP "Krig Há Bandolo". A partir daí, Raul Seixas e seu parceiro Paulo Coelho, atraíram multidões de fãs. Entre um LP e outro Raul Seixas escreveu um livro infantil e pensou em candidatar-se a um cargo político.
Os anos entre 78 e 82 não foram muito produtivo para Raulzito. Em 83 voltou com o disco "Raul" e um livro e no ano seguinte "Metrô Linha 743". E em 1986 lança "Uah Bap Lu lap béin bum" e em 88, "A pedra do Gênesis". Seu último show foi no Canecão em 21 de abril de 1988 em parceria com Marcelo Nova.
Raul Seixas e Marcelo Nova fizeram uma série de 50 shows por todo o país e inúmeras apresentações em emissoras de rádio.
Essa matéria foi publicada no Jornal do Brasil e pode ser acessada nesse link
Dorival Caymmifaleceu em sua casa, aos 94 anos, em 16 de agosto de 2008, no Rio de Janeiro, após enfrentar um câncer renal durante nove anos.
Em homenagem ao poeta do mar, o Portal EBC reuniu em uma página especial trechos do documentário "Um certo Dorival Caymmi", em que ele próprio relata histórias de sua vida que revelam como se formou o cantor e compositor. Para acessar a página, basta clicar aqui (dica: Clique em cima das figuras para acessar as histórias do compositor baiano)
Caymmi deixou como herança , marcada pela espontaneidade de quem cantava o que sentia pelo mundo ao redor. "Cantador não escolhe o seu cantar, canta o mundo que vê", diz uma de suas canções. As letras do compositor retratam o mar e a natureza, os pescadores, o povo negro, sua vida na Bahia e no Rio de Janeiro.
Nascido em 30 de abril de 1914, em uma casa de pessoas
"musicais", como ele mesmo descrevia, Caymmi cresceu assistindo aos
saraus promovidos pelo pai, Durval Henrique, em que ouvia a mãe, Aurelina,
cantar músicas de variados estilos.
Foi ao lado de seu amigo de infância, José Rodrigues de
Oliveira, o Zezinho, que Dorival se aventurou pelas ruas de Salvador e teve o
primeiro contato com o rádio, cantando na Rádio Clube da Bahia.
Nessa época eles formaram o grupo Três e Meio, com os irmãos
Deraldo e Luiz no tambor e pandeiro, respectivamente, Zezinho no cavaquinho e
Dorival ao violão. Luiz era o irmão menor de Dorival, por isso o nome do
conjunto.
O trio "e meio" se
divertia reproduzindo músicas de Noel Rosa e Carmem Miranda, que eram sucesso
na época. Mas mesmo fazendo apresentações e recebendo alguns cachês com seu
trabalho, Caymmi não enxergava a música como atividade profissional, e resolveu
viajar ao Rio de Janeiro para cursar direito.
A capitalfluminense
foi palco para a descoberta definitiva do artista Dorival Caymmi. Na rádio
Tupi, Teófilo de Barros Filho se impressionou com o jovem baiano recém-chegado
à cidade e logo o apresentou à cantora Carmem Miranda - que daria projeção
internacional a algumas de suas canções. Em pouco tempo, Dorival passou a
integrar a elite dos cantores que faziam sucesso no rádio nos anos 1930 e foi,
mais tarde, influência para artistas como João Gilberto, Caetano Veloso e Tom
Zé.
Dorival Caymmi se casou com a
também cantora Adelaide Tostes, que gostava de ser chamada de Stella e acabou
apelidada de Stella Maris (do latim estrela do mar) pelo radialista César
Ladeira. Os dois formaram uma família que carrega o talento como herança: os
três filhos, Nana, Dori e Danilo Caymmi, também são músicos.
Mesmo com o sucesso,
Caymmi permaneceu com suas características de tranquilidade e simplicidade até
o fim da vida. Suas canções seguem como um grande legado representante da
cultura baiana e da música brasileira.
Essa Matéria foi publicada no Portal EBC e pode ser acessada clicando aqui
Concepção e textos: Ana Elisa Santana.
Ouça a biografia de Dorival Caymmi:
O Porta EBC fez um hongout para lembrar os cinco anos sem o poeta do mar, assista aqui
Dorival, Dori e Nana Caymmi em um estúdio de gravação (acervo Família Caymmi) via Portal EBC
O Donna Duo -- formado pelas compositoras e intérpretes Daniela Zandonai e Naíra Derbértolis -- acabam de desembarcar no cenário da nova música brasileira e trazem na bagagem um belo cartão de visitas. Trata-se da música "Amor Gramatical", composta por Dani Zandonai.
O clipe foi gravado nos estúdios da Gramofone Musical com direção de Alvaro Ramos e produção musical de Luis Piazzetta, e contou ainda com a participação luxuosa do trio instrumental Homem Que Diz, formado pelos músicos Eduardo Ramos (bandolim), Jonatan de Moraes (violão 7 cordas) e o percussionista Vinicius Cardoso.
Assista o clipe de Amor Gramatical:
Naíra e Dani além de cantoras, são também compositoras e multi-instrumentistas. Elas prometem trazer novas canções que devem ser incluídas num EP que será lançado em breve. Para ficar informado em primeira mão sobre o trabalho das jovens cantoras, basta curtir a página delas clicando aqui
Se estivesse viva, Clara Nunes completaria 71 anos nesta segunda- feira. A "mineira guerreira" conheceu o sucesso em 1971, quando lançou um disco homônimo. O álbum trazia elementos de ritmos africanos, reflexo de sua proximidade com as religiões africanas.
Nos anos 70, Clara, Alcione e Beth Carvalho ficaram conhecidas como o "ABC do samba". Em 1975, seu disco "Claridade", que trazia músicas como "Mineira", "Ê Baiana", "O Mar Serenou" e "Juízo Final", vendeu 600 mil cópias e igualou Clara a Roberto Carlos, o grande vendedor de discos na época.
Clara Francisca Gonçalves Pinheiro (Clara Nunes), nasceu em Caetanópolis, Paraopeba, (MG), no dia 12/08/1942; Morreu no dia 2 de abril de 1983, aos 39 anos. Ficou em coma por quase um mês após sofrer um choque anafilático durante um cirurgia de varizes.
Durante o período que esteve em coma, a clínica onde Clara esteva internada, no Rio de Janeiro, quase foi invadida por populares. Os fãs queriam mais informações do que os boletins emitiam e faziam vigílias por sua recuperação. Uma "clara" demonstração do amor que eles tinham pela cantora.
Homenagem: Mariene de Castro em "Ser de Luz - Uma Homenagem a Clara Nunes"
Foto: Washington Possato
O Teatro Municipal de Niterói recebe na terça-feira, 20 de agosto de 2013, às 19h, a cantora baiana Mariene de Castro, um dos principais nomes da nova geração do samba. Mariene está em turnê por todo o Brasil com o espetáculo "Ser de Luz" em homenagem à obra da saudosa cantora Clara Nunes. O repertório associa inesquecíveis canções na voz de Clara, com os maiores sucessos de Mariene.
Serviço
Mariene de Castro em "Ser de Luz - Uma homenagem a Clara Nunes", música
Choro, Primeiro gênero urbano
nacional, é o assunto destacado neste trabalho pioneiro. Composto por duas
partes básicas, o livro traz em seu primeiro momento uma pesquisa bibliográfica
narrando o contexto histórico socioeconômico e cultural que envolveu a formação
do gênero. De forma didática, inclui verbetes sobre personagens e outros
gêneros musicais com quem conviveu à época, isto é, meados do século XIX até os
primórdios do século XX, período de seu aparecimento e consolidação no Brasil.
Nesta
primeira parte, após os elementos descritos acima, a pesquisa relata também o
aparecimento do choro em São Paulo, tema pouco tratado nos livros já existentes
sobre o assunto. Levanta seus principais personagens, fatos e eventos
históricos. Além disso, possibilita paralelamente uma perspectiva da evolução
dos meios de difusão, como discos, rádio e TV, tendo em vista a presença dos
chorões nestes meios.
O
segundo bloco da obra traz 40 entrevistas com músicos, pesquisadores e
personagens participantes das rodas de choro em diversos pontos da cidade. O
objetivo dessas memórias, envolvendo diferentes idades, foi coletar depoimentos
pessoais sobre suas vidas, carreira, experiências, locais e aspectos do choro
de São Paulo, metrópole cosmopolita que abriga influências de todo o país e do
mundo.
A
publicação é o resultado de quatro anos de pesquisa e totalizou 532 paginas,
tendo o prefácio do ilustre produtor e diretor Fernando Faro e pode ser
adquirido nesse link: Livraria Cultura
"Valorizar nossa cultura
e apoiar a educação musical nas escolas é a contribuição que pretendemos fazer
com este nosso esforço."
Luis Aranha se prepara para o lançamento de seu primeiro disco, em show a ser realizado no SESC Vila Mariana/SP, nos próximos dias 10 e 24 de agosto, às 13h30, gratuitamente.
As primeiras lembranças musicais de Luis Aranha misturam as fitas-cassete e LP's de seu pai aos concertos regidos pelo maestro Eleazar de Carvalho que ele, ainda menino, assistiu levado pela escola. Desta forma em casa, na escola e nas longas viagens de carro e de uma maneira muito natural foi apresentado ao universo eclético da música de Chico Buarque, Tom Jobim, Elis Regina, Clara Nunes, Jacob do Bandolim, Caetano Veloso, Frank Sinatra, Michael Jackson, Louis Armstrong, W. A. Mozart, L. van Beethoven e tantos outros. Foi nesta atmosfera musical que o paulistano cresceu empenhado mesmo em jogar bola e subir em árvores.
A adolescência e os amigos lhe trouxeram o rock de Led Zeppelin, Queen, Black Sabbath, Steve Vai, Beatles e com eles a vontade de aprender a tocar guitarra. Com 14 anos começou a fazer aulas e a música foi adquirindo contornos mais definidos e consistentes em sua vida. Aos 17 anos vieram as primeiras composições, o encantamento pelo violão e, um ano depois, o bacharelado em música na Unicamp, onde teve aulas com alguns dos melhores violonistas do país.
Depois de ser contemplado com o prêmio Myriam Muniz da Funarte 2006/2007, e indicado em 2011/2012 ao Prêmio Shell por trabalhos realizados no teatro musical, ainda em m 2011 gravou seu primeiro EP e em 2012 lançou o videoclipe “ONDE BATE SOL” ainda com a versão do EP num movimento de gestação e produção do disco homônimo feito somente com composições próprias. E agora, em 2013, o cantor, compositor, violonista e diretor musical lança o seu primeiro disco solo, intitulado “Onde Bate Sol”.
Uma mistura fina, não existe termo para melhor definir o disco de Luis Aranha. Composto de 11 faixas, sendo uma faixa bônus. Amparado pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo através do ProAc e patrocinado pela AMBEV, o disco foi produzido por Rogério Bastos (Tom Zé) e teve arranjos para quarteto de cordas e quinteto de metais feitos por Rodrigo Morte, atual diretor da Orquestra Sinfônica de Campinas. As canções de Luis Aranha transitam por diversos gêneros musicais, mostrando grande influência de mestres da canção brasileira, mas sem deixar de imprimir sua personalidade ao trabalho.
O disco é muito bem amarrado, pode ser entendido em três partes. Começa com a faixa 'Não Peço Socorro', um samba clássico que recebeu um riff de guitarra com distorção e nos mostra de saída as referências e fusões que o disco apresentará ao longo de suas faixas. Na sequência, 'Sentado na Soleira' e 'Valsa para um encontro', nos mostram as vertentes rurais e românticas. O prólogo se encerra com 'Mistura Fina' (faixa 4). Devidamente apresentado, o compositor nos convida a um mergulho pelos caminhos e descaminhos do amor numa espécie de suíte em três movimentos: 'Teu Tempo' (o início), 'Acalanto' (o fim) e 'O Amanhã' (o recomeço). Depois dessa “Travessia”, no sentido roseano da palavra, o caminho começa a se iluminar. É a parte “Onde Bate Sol” que começa com 'Tem Canção', seguida pela faixa que dá título ao disco, e termina num final apoteótico com o frevo 'O Amor na Banguela'. A faixa bônus é fruto de uma história contada por uma aluna de 8 anos.
A banda que o acompanha é formada pelo baterista e co-produtor do trabalho Rogério Bastos (Tom Zé e Vanessa Bumagny), pelo baixista Edu Malta ( Anaí Rosa, Zé Barbeiro e Celso Pixinga) e pelo guitarrista Zeca Loureiro (Mariana Aydar, Zé Geraldo e Marlui Miranda). O álbum, intitulado "Onde Bate Sol", já está sendo distribuído pela Tratore e chega as lojas ainda em agosto. A distribuição virtual mundial está sendo feita pela Believe Digital, uma das maiores empresas desse segmento.
Com 11 faixas que passeiam por diversos gêneros da música brasileira, arranjos com cordas e metais, Luis Aranha nos convida para um gostoso mergulho na alma humana.
Hoje o cantor e compositor baiano Caetano Veloso completa 71 anos esbanjando energia e em plena atividade. Em turnê no Brasil com o show de seu CD mais recente, "Abraçaço", Caetano já se prepara para registrar esse show em umDVDque será gravado pelo canal Multishow no dia 16/08/2013.
Confira a biografia e alguns momentos marcantes da carreira do aniversariante do dia:
O baiano Caetano Emanuel Viana Telles Veloso nunca imaginou que, saindo de uma pequena cidade do Recôncavo Baiano, faria tanto sucesso pelo Brasil afora e seria umas das principais expressões da Música Popular Brasileira. Mas foi isso o que aconteceu.
Nascido em 07 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, a 73 quilômetros de Salvador, Caetano Veloso, como ficou conhecido por todo o país, já sabia, desde pequeno, o que queria ser na vida: com pouco mais de 4 anos de idade, o irmão de Maria Bethânia já compunha A Tua Presença Morena, revelando seus dotes artísticos.
Mas, sua trajetória musical começou, realmente, quando se mudou com a família para Salvador no início dos anos 60. A capital baiana vivia um momento de efervescência cultural e Caetano aproveitou sua paixão pela música e pela bossa nova de João Gilberto e começou a tocar em barzinhos da cidade. Foi em Salvador, também, que Caetano conheceu o parceiro Gilberto Gil. Do fruto dessa amizade surgiram composições como No dia em que eu vim-me embora, Panis et Circenses, São João, Xangô Menino, Haiti, Cinema Novo, Dada, entre outras.
Nesse período, também, conheceu Gal Costa e Tom Zé, futuros componentes da Tropicália. Seu primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça 'O Boca de Ouro', de Nelson Rodrigues. O mesmo diretor, Álvaro Guimarães, também o convidou para, logo em seguida, compor a trilha de 'A exceção e a regra', de Bertolt Brecht. Esses trabalhos influenciaram, definitivamente, o futuro de Caetano, fazendo-o decidir pela vida de cantor-compositor.
A primeira oportunidade como profissional
A carreira profissional de Caetano começou sob a influência da irmã Bethânia, que foi chamada ao Rio para substituir a cantora Nara Leão no show 'Opinião', sucesso em 1965. A pedido do pai Zezinho Veloso, ele acompanhara a irmã. No mesmo ano, Bethânia gravouÉ de Manhã, de Caetano, e a música marcou sua estréia com um compacto simples. O primeiro disco 'Domingo' veio apenas em 1967, no qual cantava ao lado de Gal Costa.
Momentos difíceis do país
O Brasil vivia momentos de repressão por parte do governo militar. Com a liberdade de expressão proibida, os artistas tentavam, a todo custo, quebrar as barreiras da censura. Caetano era um dos revoltados com a situação pela qual passava o país. Junto com Gil, lançou o movimento cultural Tropicalista na tentativa de expressar seu inconformismo. Através do deboche, da irreverência e da improvisação, o tropicalismo revoluciona a MPB, utilizando-se de elementos estrangeiros fundidos com a cultura brasileira (a filosofia antropofágica do modernista Oswald de Andrade) e baseando-se na contracultura.
O movimento foi lançado no Festival de MPB da TV Record, em 1967, com as músicasAlegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de Gil, que se tornaram hinos da juventude da época. Em 1968, no auge do movimento, Caetano lançou o álbum Tropicália, junto com Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé.
A parceria com Gilberto Gil estendeu-se da música e foi parar na vida dos dois artistas. O choque de idéias com a ditadura militar ocasionou a prisão dos dois, em São Paulo, e impôs o exílio na Inglaterra, em 1968. Entretanto, a barreira geográfica não impediu que os protestos continuassem e, de Londres, Caetano enviou artigos para o jornal O Pasquim e músicas para diversos intérpretes como Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Erasmo e Roberto Carlos.
A volta para o Brasil
Em 1972, Caetano retornou ao Brasil e passou por um momento de alta criatividade. Até o final dos anos 70, muitos sucessos como Tigresa, Leãozinho, Odara eSampa foram lançados. O encontro com os antigos companheiros Gal, Bethânia e Gil resultou, em 1976, na formação do grupo Doces Bárbaros. O show excursionou por São Paulo e outras dez cidades brasileiras, revivendo antigos sucessos, e resultando na gravação de um LP. Em 1993, a parceria com Gilberto Gil foi retomada e juntos lançaram o disco 'Tropicália 2'.
Multimídia, Caetano também se arriscou em outras formas de arte. Em 1986 comandou, ao lado de Chico Buarque, o programa de televisão da Rede Globo 'Chico & Caetano', onde cantavam e traziam convidados. Essa experiência na televisão ajudou a quebrar a imagem de que os dois músicos não se davam bem. No cinema, ele dirigiu o filme O Cinema Falado e, como escritor, sua estréia foi Verdade Tropical, no qual faz um relato pessoal sobre os principais aspectos e acontecimentos relacionados ao movimento tropicalista.
A ousadia continua sendo uma marca registrada de Caetano. Prova disso é o CD 'A Foreign Sound', lançado em 2004, com regravações de músicas americanas.
"Não posso ficar nem mais um minuto com você/ Sinto muito amor, mas não pode ser/ Moro em Jaçanã/ Se eu perder esse trem/ Que sai agora às onze horas/ Só amanhã de manhã." Se existem brasileiros que não conhecem esses versos do samba "Trem das Onze", eles são certamente muito poucos. Obras como"Trem das Onze", "Saudosa Maloca" e "Samba do Arnesto"já se tornaram parte do patrimônio artístico nacional.
As músicas de Adorinan Barbosa conquistaram os paulistanos, em particular, e os brasileiros, em geral, por retratarem o cotidiano das camadas mais simples da população urbana da capital paulista, com erros intencionais de português, que mostram a maneira de falar dos moradores de origem italiana de bairros como a Barra Funda, o Bexiga e o Brás.
Na verdade Adorinan Barbosa era o pseudônimo de João Rubinato. Nesse nome artístico, ele misturava camaradagem e criatividade: Adoniran era o nome de seu melhor amigo e Barbosa, uma homenagem ao cantor Luiz Barbosa.
Sétimo filho de uma família de imigrantes italianos, nascido em Valinhos, Adoniran mudou-se para Jundiaí na infância e aos 14 anos radicou-se em Santo André, na grande São Paulo, tendo que trabalhar para ajudar a família. Como havia abandonado os estudos, foi entregador de marmitas, carregador, encanador, pintor, garçom, metalúrgico e vendedor.
Aos 22 anos, na capital, arrumou emprego numa fábrica de tecidos e participou de programas de calouros no rádio. Compôs seus primeiros sambas, "Minha Vida se Consome", em parceria com Pedrinho Romano, e "Teu Orgulho Acabou", com Viriato dos Santos, em 1933.
No ano seguinte, com a marcha Dona Boa, feita em parceria com J. Aimberê, conquistou o primeiro lugar num concurso carnavalesco promovido pela prefeitura de São Paulo. Em 1941 foi convidado pela Rádio Record para trabalhar como ator cômico, discotecário e locutor.
Lá, conheceu o conjunto Demônios da Garoa, que incentivou Adoniran na ideia de cometer erros gramaticais nas letras das músicas. O grupo gravaria seu primeiro sucesso, "Saudosa Maloca", composto em 1955. Na seqüência viriam "Samba do Arnesto", "As Mariposas", "Abrigo de Vagabundo" e a famosa "Trem das Onze". Uma de suas últimas composições, "Tiro ao Álvaro", foi gravada por Elis Regina em 1980.
Depois de dois anos, dois prêmios Multishow e de ser elogiado por uma variedade de artistas como Marisa Monte, Lenine, Moska, Maria Gadú e Marcelo Camelo, Cícero lança seu segundo disco: "Sábado".
O disco é o sucessor do fenômeno Canções de Apartamento (2011), que arrebanhou fãs pelo Brasil e em poucas semanas tornou Cícero o nome mais falado das redes sociais e sites de música.
Seu primeiro disco passou de 100 mil downloads no primeiro mês e hoje calcula-se mais de 500 mil downloads na rede. Seus clipes juntos passam a marca de 1 milhão de visualizações no Youtube, além das várias páginas criadas no Facebook que ultrapassam 100 mil Likes, garantindo uma enorme ansiedade ao redor do lançamento do seu sucessor.
Assim como o primeiro disco,"Sábado" não foi gravado em estúdio, mas em diversas casas por onde o músico passou nos últimos meses.
Também como no primeiro disco, Cícero toca todos os instrumentos. Mas dessa vez além da colaboração de Bruno Schulz na produção e arranjos, também contou com Marcelo Camelona bateria e baixo, Uirá Bueno (Canastra) na bateria e percussão, Bruno Giorgi no baixo, o músico capixaba Silva no piano e as vozes femininas das cariocas Mahmundi e Luiza Mayall. Todos colaborando em diferentes faixas.
"Sábado" foi produzido pelo próprio Cícero, por Bruno Schulz (que também participou da produção do primeiro disco) e por Bruno Giorgi, filho do músico Lenine e indicado ao Grammy latino pela produção do último disco do pai, Chão. Bruno Giorgi também assina a mixagem.
A masterização ficou por conta do já ganhador do Grammy Felipe Tichauer, que masterizou, entre outros, os trabalhos mais recentes da Céu, Curumin, Marcelo Camelo e Wado.
O disco terá 10 músicas, todas de autoria de Cícero, e será lançado digitalmente sábado (31/08/2013) e posteriormente chegará às lojas. Confira o teaser do novo álbum:
E, assim como seu primeiro disco, será disponibilizado para download gratuito em seu site oficial e em cd e vinil nas lojas, com distribuição da Deck.
O Clube da MPB conversou com Valéria Lobão, confira o bate-papo.
O Clube da MPB acredita que tudo que é muito bom, merece e tem que ser dividido! Por isso, convidamos vocês, amantes da boa música brasileira a conferir a conversa que tivemos com a cantora, carioca, Valéria Lobão. Valéria vem desenvolvendo um trabalho belíssimo, que vale muito a pena conhecer a fundo. Vem com a gente, temos certeza que você também vai se encantar com o som da moça.
Valéria, há
quanto tempo você trabalha com música?
–Profissionalmente,
desde o início da década de 90, quando comecei a fazer coro em
gravação. Em 92, ingressei no Grupo Vocal Equale, onde permaneci
até 2007.
Como
e quando, foi que você descobriu que queria ser cantora?
–Aos
15 anos descobri minha voz musical. Foi uma tremenda revelação.
Desde
então, nunca mais parei de cantar.
Quantos
discos lançados? –Com
o Grupo Equale, foram dois cds: Expresso Gil (2000), só com
músicas do Gilberto Gil e Um gosto de sol (2004), só com músicas
do Milton Nascimento, que, aliás, fez uma linda participação na
faixa Vera Cruz. Só em 2011 lancei o meu primeiro cd solo, CHAMADA.
Neste
momento, estou em fase de produção do meu novo cd. Vai ser um cd de
voz e piano, com 1 pianista por faixa.
Falando no álbum “Chamada”, ele foi pré selecionado para o Grammy Latino de
2012. Fala um pouco desse disco, da proposta dele. – Fazia
tempo que eu queria gravar um disco, mas faltava coragem e um
pouquinho de dinheiro. Então, eu só protelava. Daí, aconteceu um
fato que foi determinante: eu engravidei. Mas, tive uma ameaça de
aborto e, pra que a minha filha pudesse nascer, precisei fazer 3
meses de repouso absoluto. Ali naquela cama, pensando em como seria
colocar um filho no mundo, eu fui me enchendo de coragem e foi dando
uma vontade imensa de deixar uma marca. Uma espécie de herança
musical. Queria que minha filha soubesse da paixão que a mãe tem
pela música. Foi nesse momento que comecei a produção do disco.
Só que o resultado foi muito além do desejo inicial. Não pensei
que tanta gente maravilhosa participaria do cd. Músicos que eu tanto
admiro! Parecia um sonho! Foi um
feliz encontro de arranjadores, compositores e instrumentistas, com
Produção Musical primorosa do Carlos Fuchs, meu companheiro de vida
e de sonhos e pai dos meus filhos. (pois é, ainda durante o processo
de produção do cd, tivemos mais um filho). E, pra completar, a
participação especial do Gilson Peranzzetta, Pedro Luis e A Parede,
Marcos Sacramento, e do meu grupo vocal predileto – Equale. Foi um
grande mutirão sonoro! Em 2010, quando eu já estava finalizando as
gravações, o cd ganhou um Prêmio da Funarte, concorrendo com 800
projetos. Em 2011, fui contemplada no Edital do BNDES e depois veio a
boa notícia da Pré-seleção no Grammy Latino 2012.
Nesse
disco você cantou feras como, Zé Paulo Becker, Rodrigo Maranhão,
Marcos Sacramento e Aldir Blanc. Como foi feita essa escolha?– Primeiro
eu resolvi que seria um cd com músicas dos meus talentosos amigos.
Todos, compositores cariocas contemporâneos. Então, passei a mão
no telefone e comecei a pedir música - Marcos Sacramento, Zé Paulo
Becker, Antonio Saraiva, Luiz Flavio Alcofra, Jayme Vignoli, Lili
Araujo, Paulo Baiano, Gilson Peranzzetta, Raphael Gemal e muitos
outros. Foram 2 anos, pesquisando e ouvindo, pra selecionar somente
13 canções. Escolher o repertório foi a parte mais difícil do
processo. Era muita coisa boa! E de quebra, vieram as parcerias Zé
Paulo Beker com Paulo Cesar Pinheiro (Jongo de vovó); Luiz Flavio
Alcofra e jayme Vignoli com Aldir Blanc (oração perdida). A música
do Rodrigo Maranhão, eu achei numa fita cassete. Ele cantando e
tocando violão. Nem tinha nome. Quando liguei, dizendo que queria
gravar, ele disse que tinha catalogado todas as suas composições e
que essa tinha sido esquecida. Um verdadeiro achado! O Antonio
Saraiva fez Ritual Profano especialmente para o cd. E quando eu e o
Carlos Fuchs pedimos para o Peranzzetta uma letra em português para
a música dele e do Dori Caymmi - Obsession (gravada pela Sarah
Vaughan em 87 – no LP Brazilian Romance), ele disse que só poderia
ser feita pelo Paulo Cesar Pinheiro. E assim, eu ganhei mais uma
letra inédita do P.C. Pinheiro. E, eu não podia deixar de cantar
Milton Nascimento (que é carioca, da Tijuca).
Você
também compõe?
– Ihhh…
só escondida. Tenho algumas letras, mas não gosto de mostrar pra
ninguém.
Eu
componho muito pouco. Quando a inspiração vem, fico burilando a
letra durante muito tempo. As vezes, a música vem junto. Mas ainda
não tive coragem pra gravar composição minha.
Você realiza algum "ritual" antes das apresentações?
– Gosto sempre de aquecer a voz com
exercícios que aprendi com o meu professor de canto – Felipe Abreu
e com a fonoterapeuta - Ana Calvente. Meus dois anjos da guarda.
Sua principal fonte de inspiração?
– Milton
Nascimento, sempre.
Quais
as suas principais referências, Valéria?
– Tudo
o que eu ouvi, certamente contribuiu pra minha formação musical.
Mas as principais são: Joyce, Fátima Guedes, Marcos Sacramento, Ná
Ozetti, Mônica Salmaso, Elis, e, mais recentemente, me encantei com
duas vozes gaúchas. Duas irmãs que fizeram dois lindos cds. Cada
qual com a sua linguagem: Graziela Wirtti e Nina Wirtti.
E,
pra fechar a lista, a minha inspiração maior: Milton Nascimento.
Eu
era menina quando ouvi o LP Geraes. Aquele disco mexeu comigo
profundamente. Os arranjos, a voz, a estética, as composições.
Aquela música mudou completamente o meu horizonte. Aos 14 anos eu
dizia aos meus pais que ia casar com o Milton. Casei com a música
dele. Gosto de imaginar que ele vai ouvir tudo o que eu canto.
Que
disco(s) você tem escutado em casa?
– André
Mehmari e Ná Ozetti, Rio,
do Keith Jarrett, Joana
de Tal, da Nina Wirtti. Vários
da Palavra cantada (Meus filhos amam e eu também) Sky
Blue, da Maria Schneider
E
dois cds que foram gravados na Tenda da Raposa, e que eu só posso
ouvir escondido, pois nem foram lançados, ainda: de um trio -
Yamandu Costa, Guto Wirtti e Arthur Bonilha - e o da cantora Graziela
Wirtti com o violonista Matias Arriazu.
"Curiosidade: Valéria contou pra gente que o cd CHAMADA foi produzido, gravado, mixado e masterizado pelo Carlos
Fuchs, no estúdio deles, Tenda da Raposa. Eles não dispunham de dinheiro para essa produção. Então, criaram a moeda hora-estúdio.
E assim, cada um que participava do cd, ganhava em troca, hora no
estúdio pra gravar seus projetos. Foi dessa forma que ela pode cintar com a
participação de mais de 50 músicos, 8 arranjadores e, de quebra, contribuiu pra fomentar a produção de vários projetos musicais. "Estamos
pagando o cd até hoje, com o maior prazer." Disse Valéria."
Valéria Lobão é, sem duvida, uma cantora especial. Traz em seu trabalho a doçura e leveza de sua voz e a elegância, característica de sua interpretação. Criando algo maravilhoso de se ouvir. Ouça "Fubá" uma das faixas do disco "Chamada":
Atualmente Valéria está em fase de produção do seu segundo disco, que será inteiramente dedicado a canções de Noel Rosa. Isso significa que logo, logo teremos mais novidades, deliciosas, de Valéria Lobão pra curtir.
Confira um pouquinho do que está sendo preparado para esse novo álbum: